sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Ajudantes Familiares, uma mais valia social


Nove anos morta em sua própria casa, sem que ninguém investigasse o seu desaparecimento, é descoberta pelo mesmo Estado que não investigou, que não se preocupou.

Estamos perante uma perfeita contradição, a procura de uma maior longevidade com a cada vez mais sentida marginalização da pessoa idosa.
O presente caso mostra-nos como urge a necessidade de garantir respostas sociais de apoio e de protecção à pessoa idosa, para que continue a ser uma mais valia para a sociedade, com qualidade de vida.

O facto de nos depararmos com notícias como estas, leva-nos a reflectir sobre a importância daqueles que dedicam a sua vida, de uma forma mais ou menos anónima, a cuidar dos mais velhos, a contribuir para a sua integração na comunidade, e ainda a combater o isolamento e a solidão que se abate tantas vezes sobre aqueles que vêem a sua vida prolongar-se…

Um bem haja para todas as Ajudantes Familiares que integram equipas de apoio domiciliário e que em termos sociais têm uma utilidade tão óbvia, ao ponto de não nos deixar duvida sobre o facto de que contribuem para que situações destas, impensáveis e absurdas, se tornem comuns e deixem de ser notícia.

Maria Cândida Silva

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